Escoliose: entenda essa doença
Publicado 10 de junho de 2019

Junho é o mês de conscientização sobre a escoliose, uma doença que causa a curvatura anormal da coluna para um dos lados do tronco, determinada pela rotação das vértebras. Confira mais informações, sintomas e tratamento desta doença.
O que é escoliose?
Escoliose é definida como uma curvatura da coluna vertebral no plano frontal, em que observa-se o desenvolvimento de angulação em determinado segmento vertebral secundária à uma variedade de alterações relacionadas ao crescimento do sistema musculoesquelético e das estruturas neurais. A história natural das deformidades pediátricas está diretamente relacionada ao crescimento do esqueleto, ou seja, envolve progressão do valor angular das curvas e agravamento do quadro clínico ao longo do tempo.
Existem vários tipos de escoliose, bem como uma grande variedade de patologias que apresentam a escoliose como um de seus componentes. Nem sempre é possível identificar uma causa específica para o desenvolvimento de escoliose. O tipo mais comum, a Escoliose Idiopática do Adolescente, que afeta principalmente meninas entre 11 e 18 anos de idade, ocorre pela alteração de múltiplos fatores, vários deles genéticos, e por fim leva ao desenvolvimento de uma curvatura anormal na coluna, que fica evidente durante o estirão puberal do crescimento, e em muitos casos é progressiva e exige acompanhamento e tratamento específico.
Outros tipos de escoliose incluem a Congênita: secundária a defeitos vertebrais que ocorrem no período embrionário como as hemivértebras e barras vertebrais; Neuromuscular: curvas longas e com obliquidade da bacia, que ocorrem em pacientes com doenças neuromusculares como a Paralisia Cerebral e as distrofias musculares; e a Escoliose de Início Precoce, que ocorre em crianças menores de 5 anos de idade, cujo tratamento é bastante complexo e envolve o uso de métodos e sistemas que permitem o crescimento da coluna e especialmente do tórax, uma vez que o aparelho respiratório estará suficientemente desenvolvido para que se possa fazer o tratamento definitivo apenas aos 9 a 10 anos de idade.
Como identificar a escoliose?
A simples inspeção do dorso sem as roupas, pelos pais, é suficiente para para levantar suspeita e motivar a realização de consulta com especialista na área para investigação diagnóstica. Algumas campanhas como o Mês de Conscientização da Escoliose - campanha lançada nos Estados Unidos que ocorre todo mês de Junho – além de promover informação, encoraja pais e educadores nas escolas a realizar o Teste de Adams, que consiste na inspeção do dorso desnudo da criança ou adolescente com inclinação do tronco para frente. A presença de tortuosidade na linha média ou gibosidade das costelas pode ser indicativo de escoliose e deve ser avaliada por especialista.
Desta forma é possível o diagnóstico da escoliose nas fases mais iniciais, que é fundamental para o tratamento. Quanto mais precoce o diagnóstico, maior o leque de opções de tratamento, melhores os resultados e menores riscos.
Como tratar a escoliose?
O tratamento leva em consideração alguns fatores fundamentais: o tipo de escoliose, o valor angular das curvas, e o potencial de crescimento, ou seja,
quanto o paciente ainda pode crescer e assim, a escoliose progredir. Quando se trata do tipo mais comum, a Escoliose Idiopática do Adolescente, curvas com angulação menor que 20˚ geralmente exigem apenas observação e acompanhamento com raio x panorâmico a cada 4 a 6 meses. Para curvas que ultrapassam os 20˚, geralmente entre 25 e 35 graus e com grande potencial de crescimento, atualmente a melhor evidência científica indica o uso de órtese ou colete rígido por mais que 20 horas ao dia. O tratamento cirúrgico é necessário e indicado para curvas que ultrapassam os 45 graus, especialmente quando há maior potencial de crescimento.
O tratamento cirúrgico da escoliose é bastante complexo e implica em alguns riscos particularmente relacionados a patologias desta natureza, e deve ser realizado em centros de referência que tenham a infra-estrutura necessária bem como equipes multidisciplinares e com preparo específico para a realização de tratamentos com este nível de complexidade.
Fonte: Dr Samuel Conrad (CRM33281) – Coordenador do Serviço de Cirurgia da Coluna Pediátrica
Serviço de Cirurgia de Coluna Pediátrica
Localizado no Hospital da Criança Santo Antônio, o Serviço de Cirurgia de Coluna Pediátrica realiza atendimento para diferentes patologias da coluna em crianças e adolescentes. Com uma equipe altamente qualificada, este é atualmente é um dos serviços de referência nacional no tratamento das deformidades da coluna pediátrica, realizando cerca de 100 cirurgias de escoliose ao ano.
A unidade conta com equipe multidisciplinar, estrutura diferenciada e todo aparato tecnológico do Hospital Santo Antônio, voltados especificamente para o tratamento de patologias com este nível de complexidade.
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